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NÃO TEM SURTO

Secretaria de Justiça nega surto de tuberculose no presídio de Pouso Alegre

Órgão confirmou 3 casos tratados em abril e 2 suspeitos em maio que aguardam diagnóstico

Publicado em 14/05/2024 às 17:37

O presídio de Pouso Alegre tem capacidade para 418 vagas, mas há superlotação (Foto: Portal da Cidade)

A Secretaria de Estado de Justiça (Sejusp) negou nesta terça-feira (14) a existência de surto de tuberculose no presídio de Pouso Alegre. A informação foi dada ao PORTAL DA CIDADE diante do pedido de informações a respeito de denúncias que chegaram à redação, sobre a existência de vários detentos infectados com a doença altamente contagiosa, já configurando um surto no sistema prisional.

A capacidade do presídio de Pouso Alegre é para 418 vagas, conforme informou a Sejusp. Mas, na prática a unidade mantém lotação bem acima do limite, afirmam parentes de detentos que visitam o local. “Há mais do dobro da capacidade de detentos”, afirmam as pessoas que vão ao local.

As denúncias chegadas ao PORTAL foram de que havia cerca de vinte casos suspeitos no pavilhão superior e seis outros casos já confirmados. A informação foi contestada pela Sejusp em nota passada à redação.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria, “em abril deste ano, três presos do Presídio de Pouso Alegre foram diagnosticados com tuberculose e imediatamente isolados e tratados, conforme protocolo de saúde. Hoje, eles estão na fase final do tratamento e sob cuidados medicamentosos. Na época da suspeita, todos os colegas de cela dos positivados foram testados, mas nenhum estava contaminado. Na última semana, outros dois custodiados apresentaram sintomas suspeitos da doença e foram encaminhados para a realização de testes. Eles estão isolados e aguardam os resultados, que sairão até o fim desta semana”.


A DOENÇA

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico. 

A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão do M. tuberculosis.

Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública. No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil são notificados aproximadamente 80 mil casos novos e ocorrem cerca de 5,5 mil mortes em decorrência da tuberculose (Ministério da Saúde).

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