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MAUS-TRATOS

Bebê morre com sangramento, hematomas e sinais de maus tratos. Pais investigados

Além de ferimentos, criança chegou no hospital suja de fezes e urina, exalando mau cheiro

Publicado em 13/08/2023 às 10:21

O laudo do IML vai embasar as investigações (Foto: Street View/Google)

Os pais de uma criança de 1 ano e 10 meses estão sendo investigados por suspeitas de maus-tratos. A bebê morreu no último sábado (12) logo após dar entrada no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre, onde chegou com sangramentos na boca e nariz e hematomas pelo corpo. 

Inicialmente a criança foi levada para o Pronto Atendimento de Monte Verde, distrito de Camanducaia, no Sul de Minas, onde a família reside. Ali uma médica plantonista sugeriu que fosse intubada, porém o seu estado debilitado não permitiu. A bebê foi então transferida para hospital de Camanducaia onde se daria o procedimento. 

A partir daí o estado de saúde da criança se agravou e sua remoção foi feita para o Hospital Samuel Libânio, onde morreu logo no início do atendimento. 

Para a polícia as médicas plantonistas do Pronto Atendimento e do Hospital de Camanducaia levantaram suspeitas de maus-tratos. Além de sangramento na boca e nariz, apresentava hematomas nos quadris, nádegas, costela, antebraço e tinha dificuldade para respirar. Além disso estava muito suja de urina e fezes e exalava mau cheiro. A situação também foi confirmada pelo médico que fez o atendimento em Pouso Alegre, conforme consta no Boletim de Ocorrência lavrado na Delegacia de Polícia.

Sob suspeita de maus tratos, os pais da criança, de 24 e 28 anos, foram presos e levados para o sistema prisional em Pouso Alegre no sábado (12). Mas apenas horas depois a juíza plantonista Patrícia Vialli Nicolini concedeu o relaxamento da prisão, cancelou a audiência de custódia que seria realizada e decretou a liberação do casal para que respondesse ao inquérito em liberdade. A decisão da justiça foi embasada na ausência de um pedido de prisão preventiva formulado pelo delegado plantonista ou pelo Ministério Público.

O corpo da bebê foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal de Pouso Alegre. O laudo vai embasar a investigação e sustentar, ou não, um novo pedido de prisão dos pais.

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