A Polícia Civil de Minas prendeu na manhã desta terça-feira (2) em Itajubá, no Sul de Minas, um homem de 29 anos e cumpriu quatro mandados de busca na cidade e em localidades do interior de São Paulo. A ação integra a “Operação Ouro de Tolo”, assim denominada para combater o furto do material contido dentro dos catalisadores de veículos, denominado “pó de catalisador”.
O equipamento vem montado dentro de uma cápsula feita de aço inoxidável e a peça é composta por uma colmeia cerâmica na qual está uma camada de metais nobres, como paládio, platina ou ródio.
O valor do paládio atualmente é de R$ 471 por grama, enquanto da platina, é de R$ 184,62. Como comparação, o ouro custa cerca de R$ 300 o grama. Já o ródio chegou a custar US$ 8.000, que é o equivalente a cerca de 29 gramas. De cada catalisador podem ser extraídos 1,89 g de platina, 0,29 g de paládio e 0,10 g de ródio. Esses metais têm uso em diversas aplicações da indústria e por isso são visados. Depois de furtado, o catalisador é vendido no mercado paralelo.
O investigado foi encontrado em Itajubá, quando teve o mandado de prisão cumprido, e encaminhado ao sistema prisional. No estado paulista, os mandados foram cumpridos nas cidades de Lorena e Guaratinguetá.
Esta é a segunda fase da operação. A primeira fase aconteceu no início de 2023, quando prendeu um investigado de 22 anos, irmão do conduzido desta segunda fase, além de coletar informações que levaram aos alvos atuais. Os dois suspeitos eram responsáveis pelos furtos e encaminhamento do material aos receptadores.
Foram apreendidos diversos materiais, assim como celulares dos proprietários dos estabelecimentos, os quais serão analisados para dar continuidade nas investigações.
