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OPERAÇÃO XAROPEL

Polícia Federal fecha fábricas de mel falsificado vendido no Sul de Minas

Produção foi de 783 toneladas em três anos e lucro passou de R$ 18 milhões

Publicado em 18/11/2021 às 12:06

Produto adulterado pode causar danos à saúde dos consumidores (Foto: Divulgação/PF)

Uma operação policial para combater a fabricação e venda de mel falsificado no Sul de Minas, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (18). Batizada de Xaropel, a operação envolveu a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e já cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em Poços de Caldas e Campestre.  

Os envolvidos são investigados pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios, invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público. 

A operação foi deflagrada quando o serviço de inteligência da PF apontou que um grupo, responsável por duas empresas em Campestre, produzia e comercializava mel adulterado desde 2018. Uma das fábricas chegou a ser interditada pelo Ministério da Agricultura, mas as autoridades receberam informações de que a unidade continuava operando.

Para fraudar o mel produzido por abelhas, as fábricas usavam açúcar invertido, também conhecido como xarope de açúcar, para fazer um produto muito semelhante ao mel original. Esse produto adulterado pode causar danos à saúde das pessoas.

Em cerca de três anos, há indícios de que foram produzidas mais de 783 toneladas dessa substância. O produto era comercializado em cidades do Sul de Minas, mas chegava também a outras regiões mais distantes. O Ministério Público Federal estima, com isso, um valor médio de R$ 18,4 milhões de lucro nesse período. 

A Operação Xaropel prossegue e as informações poderão ser atualizadas conforme o desdobramento das investigações.

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