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EPIDEMIA

Em situação de emergência, Minas vive o pior ano de dengue da sua história

Governo de Minas confirma repasses para prefeituras e dia D de conscientização em todas as regiões

Publicado em 17/02/2024 às 11:22
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Secretário de Saúde disse que número de casos já ultrapassou o pico das previsões (Foto: SES/MG)

Com Minas Gerais em situação de emergência contra a dengue, governo do estado apresentou as ações de enfrentamento às arboviroses (dengue, zika e chikungunya) nesta sexta-feira (16/2). 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) contabilizou a destinação de mais de R$ 150 milhões a todos os municípios do estado no enfrentamento às doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, além de promover um Dia D contra arboviroses, a capacitação de equipes de saúde e a implementação da abertura por 24 horas da sala de hidratação do Hospital Júlia kubitschek (HJK), em Belo Horizonte.


CENÁRIO ATUAL

Diante da situação de emergência, declarada em janeiro, a expectativa é de que Minas Gerais vivencie o ano com maior número de casos de dengue da série histórica em 2024, em comparação com anos epidêmicos anteriores.

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, foram notificados 194.801 casos prováveis de dengue em Minas Gerais até 16/2, dos quais 67.592 estão confirmados. Há 105 óbitos em investigação e 18 confirmados. Em relação à chikungunya, até o momento, foram notificados 23.628 casos prováveis, sendo 15.727 confirmados para a doença. Há 16 óbitos em investigação e um óbito confirmado.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, analisou o cenário atualizado das arboviroses urbanas no estado. “Nossa previsão é de uma curva ascendente. Ainda não temos os dados desta última semana epidemiológica, mas nunca vivenciamos uma inclinação tão forte de dengue na nossa história. Já ultrapassamos o pico da previsão e não temos dúvidas que este vai ser o pior ano da nossa história de dengue”, apontou o secretário.

Para o secretário, o aumento de incidência do sorotipo denv2 e o retorno da circulação do sorotipo denv3 são motivos de preocupação, uma vez que a maioria das pessoas está sem imunidade para esses sorotipos, logo uma infecção pode gerar casos mais graves. “Nossos esforços devem ser concentrados no atendimento qualificado, pois o óbito por dengue é evitável. Na maior parte dos casos, o tratamento é feito com hidratação no tempo certo e por isso estamos investindo cada vez mais na capacitação dos profissionais de saúde para que o tempo de identificação dos casos graves seja agilizado”, reforçou.

“Geralmente, o paciente procura atendimento quando está com febre alta, dor no corpo na fase mais aguda, e não é esse o ponto que mais nos preocupa. A conversão do paciente para a dengue hemorrágica acontece a partir do quinto dia dos sintomas, quando a febre cede. Nesse momento, pode ocorrer o choque, com queda de pressão, momento em que é necessário o tratamento com soro na veia e medicamento para aumentar a pressão arterial. É importante garantir que o paciente retorne ao atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) após o quinto dia dos sintomas, para que a equipe observe como está sendo a recuperação, garantindo que não haja piora ou sinais de agravamento da dengue”, pontuou o secretário de Saúde de Minas.

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