O prefeito Edmilson Andrade (Republicanos), de Bom Repouso, no Sul de Minas, teve a perda do mandato determinada e direitos políticos suspensos por uma decisão judicial expedida nesta quinta-feira (23), assinada pela juíza Caroline Dias Lopes Bela, da 2ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Cambuí.
Tramita desde 2013 uma ação contra o prefeito, movida por um sargento da Polícia Militar que comandava o policiamento no município. Ele acusa o chefe do executivo de, no ano anterior quando prefeito pela primeira vez, ter exigido que a PM aliviasse as fiscalizações de trânsito e a liberação de veículos retidos, além da não lavratura ou cancelamento de infrações de trânsito e multas. Em contrapartida a administração municipal iria reformar o quartel da polícia, conforme pretendido pelo sargento.
O trato não foi cumprido e, após deixar a cidade, no início de 2013, o sargento acionou o Ministério Público, acusando o prefeito de se beneficiar do cargo.
O caso foi julgado e a condenação veio em 2017, com a suspensão do cargo e perda dos direitos políticos por quatro anos, além do pagamento de multa correspondente a dez vezes o salário recebido na Prefeitura. Na época Edmilson era prefeito pela segunda vez em Bom Repouso, após o intervalo de um mandato.
O então prefeito recorreu e permaneceu no cargo até final de mandato, sendo reeleito em 2020. Agora, nesta quinta-feira (23), saiu a sentença sobre a apelação, condenando o prefeito Edmilson Andrade à perda do cargo e pagamento de multa num prazo de quinze dias, sob pena de acréscimo de 10% do valor.
A decisão será comunicada à Câmara Municipal e Justiça Eleitoral. Porém, segundo sua defesa, ele permanecerá no cargo até decisão da Câmara de Vereadores.
Por sua vez, o prefeito cassado nega todas as acusações detalhadas na ação movida pelo Ministério Público.
